Carlos de Foucault (1858-1916), homem de fidelidade, quis servir a cristo e à sua pátria, a França, cuja vocação universal lhe incendiava o espírito e era o grande desígnio dos compatriotas do seu tempo.

Pelas originais circunstâncias da sua vida – adolescente ferido, militar irrequieto, convertido perfecionista, sacerdote sui generis, homem da cultura, pobre entre pobres, vítima mortal de ódios alheios - Foucauld foi nos areias do Norte de africa uma verdadeira coluna de fogo a assinalar a presença de Cristo

Do mesmo modo que o vaio profundo é a energia colossal que liga e associa entre si as galáxias, assim o silenciamento violento da sua voz em terras do Islão possa ser, nos dias de hoje, mais uma poderosa força aglutinadora que chame à reconciliação e à fraternidade em Cristo.

Antes da semana Santa de 1898, no seu eremitério de Nazaré, Charles de Foucauld medita sobre passagens do Evangelho segundo S. Lucas.

Em espírito situa-se em Efraim onde Jesus se retirou antes da Paixão; em companhia de Maria, de Maria Madalena e dos apóstolos, recolhe os ensinamentos da vida escondida e a pregação da vida pública: as páginas do irmão Charles têm uma forte ressonância evangélica 

Esta edição foi completamente revista por Pierre Pierre, arquivista da postulação da causa de beatificação de Charles de Foucauld.